22 maio, 2014

Arquidiocese de Maringá terá quatro novos padres a partir de sexta-feira

A partir do dia 23 de maio a Arquidiocese de Maringá terá a graça de contar com mais quatro presbíteros servindo a Igreja Católica. Claudemir Ricardo da Silva, Neri Dione Squisati, Marcos Andeluci e Vanilson dos Santos Rigon serão ordenados às 20h na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. A celebração será presidida pelo Arcebispo Dom Anuar Battisti.



A santa missa será transmitida pela Rádio Colméia e pela Rede Evangelizar, TV 3º Milênio.

Conheça a história dos diáconos que serão ordenados presbíteros


Diácono Claudemir Ricardo da Silva
“Chamados para estar com Ele e enviados a pregar” (Mc 3,14), com base nesse versículo do Evangelho de São Marcos, acredito que todo vocacionado, primeiramente, é chamado para estar com o mestre Jesus, fazer a experiência com Ele e deixar-se transformar configurando-se em suas palavras e ações. Nesta ótica, minha caminhada vocacional começou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Ouro Verde do Oeste- Pr, a qual pertence à diocese de Toledo, PR; neste período eu era coroinha na paróquia e, tendo contato com os freis Agostinianos, veio-me a pergunta sobre o que seria a função do presbítero na comunidade.

Com o passar do tempo minha família mudou-se para a cidade de Sarandi e aos quinze anos o padre Paulo Campos, primeiro pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, fez-me o convite para ser padre, acredito que o primeiro chamado aconteceu devido ao fato de fazer parte do grupo de jovens e das atividades pastorais da paróquia. Por fim, foi com o padre Milton Antônio Bossoni, pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, cujo convite despertou em mim o interesse em fazer os encontros vocacionais, no Seminário Nossa Senhora da Glória e no ano de 2006 entrei para o Seminário Santo Cura d’Ars em Maringá e no ano de 2013 concluí a etapa da Teologia no Seminário Santíssima Trindade na cidade de Londrina, sendo ordenado diácono no dia 29 de dezembro do mesmo ano.

Como destaca o papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”; e este é meu sentimento no início do meu ministério diaconal na cidade de Mandaguari, Paróquia Bom Pastor, à qual fui apresentado no dia 02 de fevereiro; e é grande a alegria é de fazer parte desta comunidade de fé, que me acolheu de coração aberto e fraterno, deixando-me fazer parte de suas vidas e de suas histórias.

Portanto, juntamente com o pároco padre Zenildo Megiatto, espero desenvolver as atividades pastorais na Paróquia Bom Pastor, estando configurado a Jesus, o Bom Pastor, Aquele de deu a vida por suas ovelhas (Jo 10,11); que o Espírito Santo me ilumine com sua sabedoria e graça no anúncio da Palavra , sobretudo na Caridade com os mais necessitados, pois é está a proposta do Evangelho de Cristo pela qual fui chamado a seguir (Por Diácono Claudemir Ricardo da Silva).


Diácono Neri Dione Squisati
Sou o terceiro filho do casal Pedro e Diva Squisati. Tenho um irmão chamado Nilmar e uma irmã chamada Neiva. Minha família sempre foi para mim um lugar de profundo encontro com Deus.

Desde muito jovem ia com meus pais à Igreja. Na época, participávamos da Paróquia Divino Espírito Santo onde frequentávamos a Santa Missa e, em seguida, o Grupo de Oração Agnus Dei. Sempre vendo o saudoso Monsenhor Bernardo, surgiu um interesse pela vocação presbiteral, mas como se diz “era coisa de criança”. O tempo passou e como todo adolescente comecei a interessar-me por outras coisas, me afastando um pouco da Igreja.

Passamos a frequentar a comunidade Nossa Senhora do Rosário, até então Capela da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade. Quando ia à catequese, minha catequista Alice sempre me perguntava: “Você não quer ser Padre?”. Eu respondia: “De modo algum”. Contudo, não imaginava o que Deus me reservava.

Passei a frequentar o grupo de jovens da Pastoral da Juventude e aos poucos fui me engajando em outros serviços da comunidade: Pastoral da Criança, Ceb’s, Catequese de Adolescentes. E então, em 2003, aconteceu a Semana Vocacional em nossa comunidade. O contato com os seminaristas foi decisivo para fazer renascer aquele desejo de criança. E iniciei o acompanhamento vocacional no Seminário Arquidiocesano, onde por três anos realizei os chamados encontros vocacionais e permanecendo atuante na comunidade amadureci minha vocação.

No ano de 2006, tendo concluído os estudos regulares e tendo feito um bom discernimento vocacional fui aprovado para iniciar os estudos no Seminário Propedêutico. Naquela ocasião, deixei meu emprego, minha família e amigos para lançar-me definitivamente na busca daquilo que se tornou para mim um grande sonho: SER PADRE.

A vida no seminário nunca foi fácil, e nem era pra ser. Ser Padre exige uma decisão concisa e madura e, acredito que meus formadores me ajudaram e muito a perceber tudo isso. Tive a oportunidade de realizar experiências maravilhosas junto de pessoas magníficas: meus companheiros de Propedêutico, os professores, meu primeiro reitor (Pe. Pedro Jorge) e diretor espiritual (Pe. José Miranda).

Em seguida, de 2007 a 2009, pude experimentar os estudos filosóficos na PUCPR – Maringá. Também lá tornou-se uma grande escola não só de conhecimento, mas de discernimento vocacional. No seminário contava com o auxílio do Pe. Valdir Egea (reitor) e do Pe. Gecivam (diretor espiritual). Em seguida, devido às transferências, passei a conhecer e contar com o Pe. Onildo que por cinco anos e meio foi meu reitor e Pe. Milton (diretor espiritual).

De 2010 à 2013, morei no Seminário de Teologia Santíssima Trindade, em Londrina. Lá Pe. Onildo e Pe. Luiz Knupp (diretor espiritual) foram meus formadores. E lá definitivamente decidi que essa era a vocação para qual Deus me havia chamado.

Agora, estou na Paróquia São Francisco de Assis (Maringá). Olho para trás e vejo tudo o que Deus me deu. Não posso pedir mais nada. Somente agradeço a Deus, à minha família, aos meus amigos, à minha comunidade paroquial Nossa Senhora do Rosário, aos meus formadores, pois com a ajuda de vocês cheguei aqui. E com a ajuda da comunidade São Francisco de Assis quero ser aquilo que sempre sonhei: SER PADRE para sempre! (Por Diácono Neri Dione Squisati).


Diácono Marcos Andeluci
Antes de falar da minha vocação, quero falar da transmissão da fé. Foi mais ou menos em 1986 na paróquia Sagrado Coração de Jesus, na vila Morangueira, por meio da catequese que fui conhecendo a pessoa de Jesus Cristo, Sua vida, paixão, morte e ressurreição. Dentre os muitos catequistas, destaco a Nice, (Cleonice), que nos encontros de preparação para crisma me perguntou se eu já havia pensado em ser padre, e explicou resumidamente o que o padre fazia. Naquele tempo não dei muita atenção, pois pensava em tudo menos ser padre.

Na comunidade onde morava conheci o Marcelo, um jovem atuante nas atividades das CEB’s, que pensava em ser padre, e já havia feito os encontros vocacionais na vila Santo Antônio, sob a orientação do Padre Nunzio Reghenzi.

Quando conclui a catequese com a crisma, Marcelo me convidou para formarmos um grupo de jovens da Pastoral da Juventude, mas que para isso acontecesse, eu precisaria de formação e, com os encontros vocacionais aprenderíamos muito mais sobre Jesus Cristo, e de como interpretar a Bíblia, dinâmicas de grupo entre outras coisas.

E foi assim que eu fui cada vez mais me aprofundando no conhecimento de Jesus Cristo e da Igreja Católica, sua missão como corpo de Cristo, e a cada encontro algo começava a mudar em mim. A vocação, como chamado de Deus, já estava acontecendo. Quatro anos depois nosso grupo de jovens amadureceu, e cada um foi fazer outras atividades na comunidade, o Marcelo casou, e eu iniciei uma nova experiência com Deus no grupo de oração Fonte Viva da RCC, que me fez sentir um amor e desejo de servir a Deus com toda a minha vida, e decidi pensar seriamente em ser padre.

Em meados de 1998 nos mudamos para o conjunto Guaiapó, o qual se situava nos limites da paróquia Nossa Senhora da Liberdade, que criaria a paróquia Nossa Senhora do Rosário em Maringá, sob a administração do Padre Adácilio Félix, amigo e irmão.

E, quando enfim, terminei o segundo grau, exigência para ser padre na Arquidiocese de Maringá. Finalmente criei coragem e iniciei os encontros de candidatos a padre no seminário maior Nossa Senhora da Glória em Maringá, e depois de muito discernimento, junto à formação, ingressei aos vinte e seis anos no propedêutico no ano de 2001, cuja turma era uma das maiores que tivera no seminário.

Como eu previa, não foi fácil, intensos momentos de estudos e leituras, a formação também propunha cinco dimensões que deveríamos cuidar: humano-afetivo, comunitária, espiritual, pastoral-missionária e intelectual – Com a graça de Deus, a cada dia eu me superava.

A Filosofia no instituto (IFAMA) foi uma grande descoberta sobre a consciência humana, e de como o bom uso ou não da razão pode mudar a comunidade, a sociedade e o mundo.

Já na teologia fiz o primeiro ano, e quando passei para o segundo, resolvi ficar fora do seminário por quatro anos, quando voltei, tive a alegria de ingressar na turma do Neri, Claudemir e Vanilson, e a feliz coincidência de eu e o Neri sermos da mesma paróquia.

Com a teologia, ciência que estuda Deus, os seus atributos e as suas perfeições, compreendi que no saber teológico, o objeto de estudo direto é Deus. Os seus verdadeiros critérios são a razão humana e a revelação divina.

E por fim, ao término dessa etapa de formação teológica, fui ordenado diácono por dom Anuar Battisti, no dia 29 de dezembro de 2013 e, com a missão de exercer meu ministério na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Sarandi, juntamente com o Padre Décio Valdevino Marques.

Quando eu soube que seria essa paróquia fiquei muito feliz e, espero realizar uma ótima caminhada com essa comunidade que tem muita a me ensinar (Por Diácono Marcos Andeluci).


Diácono Vanilson dos Santos Rigon
Sou o segundo filho do casal Geraldo e Ivani Rigon. Tenho três irmãos: Valério, Vanderley e Valdeir; e uma irmã, Vanessa.

Como muitos sabem, o Vanderley e eu somos gêmeos e juntos, desde cedo, fomos inclinados à vocação religiosa. Sempre muito próximos ao Pe. Darcy, que era pároco na Paróquia São Francisco de Assis, fomos cultivando em nosso coração esse firme propósito. Nossa primeira experiência vocacional foi realizada junto aos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora (Irmãos da Santa Casa), onde sempre assistidos pelos Irmãos e, principalmente, pelo Irmão Daniel, íamos tendo a certeza de que Deus nos chamava a uma vocação específica.

Contudo, sentíamos que Deus esperava algo mais de nós. E assim decidimos iniciar um acompanhamento vocacional no Seminário Arquidiocesano de Maringá, onde ingressamos no ano de 2006 no Seminário Propedêutico.

Foi uma experiência maravilhosa. Porém, neste mesmo ano meu irmão Vanderley decidiu sair do Seminário e ir para o Mosteiro dos Monges Beneditinos em Ponta Grossa. Fui um dos momentos mais difíceis, pois sempre estivemos juntos e sonhávamos em ser padres juntos. Não foi fácil, mas permaneci em Maringá dando continuidade à minha formação. Depois de uns meses ele voltou e quis retornar e conseguiu, porém não na mesma turma que eu. Senti muito, pois sabia que não estando na mesma turma não seríamos ordenados juntos, como sempre sonhamos. Porém, bastava-me saber que ele havia voltado.

Conclui o Propedêutico, cursei a Filosofia (em Maringá) e a Teologia (em Londrina). Sempre pude contar com o auxílio dos Padres formadores que com seu esforço e testemunho me ajudaram a ser firme neste propósito. Realizei experiências maravilhosas em muitas comunidades paroquiais, onde pude ir confirmando minha vocação.

Hoje, como Diácono, vejo que nada foi em vão. Mais do que tudo, tenho a certeza de que tudo valeu a pena e que se pudesse faria novamente. Tudo o que vivi ao longo desses últimos oito anos levou-me a perceber a importância do Padre na vida das pessoas. Não quero ser o melhor, mas quero dar o melhor de mim no exercício deste ministério.

Nessa nova etapa que viverei na Paróquia São Sebastião, em Mandaguaçu – Estou desejoso em realizar um ótimo trabalho. Quero poder transmitir a alegria do que sou. Quero aprender ainda mais, pois sei que ser padre é muito exigente, mas espero crescer muito aqui.

Agradeço a Deus por tudo. Agradeço a minha família por sempre ter me apoiado em minha decisão. Agradeço aos meus formadores, padres e professores. Aos meus amigos e comunidades por onde passei. Agradeço ainda ao Pe. Darcy, aos Irmãos da Santa Casa, em especial ao irmão Daniel, que desde o início me ajudaram a discernir o caminho que Deus tinha dado a mim. Enfim, agradeço a Paróquia São Francisco de Assis, onde nasci, cresci, despertei e amadureci essa vocação.

Quero tudo fazer com amor e dedicação na certeza de que ser Padre é fazer-se em tudo servo de todos (cf. Mc 9,35), sempre fazendo aquilo que Cristo nos disser (cf. Jo 2,5) (Por Diácono Vanilson dos Santos Rigon).

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá

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